Buenos Aires, 7 de jun de 2018 às 17:00
Com proclamações em favor do aborto, insultos contra a Igreja e rasgando cartazes que diziam “sim à vida”, um grupo feminista atacou a Catedral de Santa Rosa, em La Pampa (Argentina), durante a celebração da Missa.
A agressão contra a catedral argentina fazia parte da manifestação organizada pelas feministas em 31 de maio, em Santa Rosa, que percorreu várias ruas da cidade, incluiu pichações e causou danos aos edifícios públicos e privados.
O lenço verde é usado como um símbolo pelas feministas radicais que promovem a legalização do aborto na Argentina.
Desde 10 de abril de 2018, a Câmara dos Deputados da Argentina debate a legalização do aborto. A votação final está marcada para o dia 13 de junho.
A plataforma ‘Argentinos por la Vida’ denunciou o ataque, através de um vídeo publicado no Facebook.
“Novamente temos as ‘meninas de lenço verde’ mostrando a sua investidura disfarçada de tolerância e ‘direitos humanos’, para as pessoas que pensam como elas, atropelando qualquer liberdade de culto e/ou religiosidade”.
“Ainda continuamos achando que estão pedindo pelos direitos das mulheres?”, questionou a plataforma pró-vida.
Desde o início do debate da legalização do aborto na Argentina, vários grupos manifestaram a sua oposição a esta prática e advertiram a respeitos dos seus perigos.
Em 20 de maio, 3 milhões de pessoas marcharam em Buenos Aires e em outras cidades argentinas em defesa da vida e contra o aborto.
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Recentemente, em uma coluna publicada no jornal ‘La Nación’, milhares de médicos denunciaram falácias das pessoas que promovem o aborto, como qualificar de “religiosos” aqueles que se opõem a esta prática ou afirmam que a criança no útero faz “parte do corpo” da mãe.
“O aborto não liberta a mulher de ser mãe, torna-a mãe de um filho morto”, advertiram os especialistas.
O governo do presidente da Argentina, Mauricio Macri, que em 2016 se manifestou em defesa da vida, apoiou a legalização do aborto.
Entretanto, para Pe. José Maria di Paola, mais conhecido como Pe. Pepe, velho amigo do Papa Francisco, o apoio do governo ao aborto está relacionado às negociações que tem com o Fundo Monetário Internacional para conseguir ajuda financeira.
Em 31 de maio, na conclusão do debate na Câmara dos Deputados, Pe. Pepe disse que “não é inocente que este ano o aborto seja instalado na política para aproximar-se do FMI, que promove o aborto em todo o mundo”.
“O aborto é sinônimo de FMI, aceite ou não o mundo conservador, que não acha ruim que os pobres tenham menos filhos ou que não tenham filhos, e também o mundo pseudoprogressista, que supostamente defende a liberdade sabendo que este genocídio é inspirado e promovido pelo FMI”, assinalou.
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— ACI Digital (@acidigital) 22 de maio de 2018